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Município do Brasil | |||
Do topo, em sentido horário: Cachoeira do Escorregador na Serra dos Cocais; Avenida Magalhães Pinto no distrito Senador Melo Viana; Monumento Terra Mãe no Trevo Pastor Pimentel; vista do Monumento "Os Cinco Elementos da Natureza", na Praça da Estação, e do Sobrado dos Pereira; vista parcial da cidade; Igreja Matriz de São Sebastião; e Colégio Angélica. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Deus, Pax Et Prosperitas "Deus, Paz e Prosperidade" | ||
Apelido(s) | "Fabri" "Fabriciano" "Coração do Vale" "Terra Mãe do Vale do Aço" | ||
Gentílico | fabricianense | ||
Localização | |||
Localização de Coronel Fabriciano em Minas Gerais | |||
Localização de Coronel Fabriciano no Brasil | |||
Mapa de Coronel Fabriciano | |||
Coordenadas | 19° 31' 08" S 42° 37' 44" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Região intermediária[1] | Ipatinga | ||
Região imediata[1] | Ipatinga | ||
Região metropolitana | Vale do Aço | ||
Municípios limítrofes | Oeste: Ferros; Norte: Joanésia e Mesquita; Leste: Ipatinga; Sudoeste: Antônio Dias; Sul: Timóteo. | ||
Distância até a capital | 198 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 27 de dezembro de 1948 | ||
Aniversário | 20 de janeiro de 1949 (70 anos) | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | Marcos Vinícius da Silva Bizarro (PSDB, 2017 – 2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [3] | 221,252 km² | ||
• Área urbana Eixo de Ordenamento Territorial RMVA/2014[4] | 17,02 km² | ||
População total (estatísticas IBGE/2017[5]) | 110 326 hab. | ||
Densidade | 498,64 hab./km² | ||
Clima | tropical quente semiúmido (Aw) | ||
Altitude [2] | 250 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[6]) | 0,755 — alto | ||
PIB (IBGE/2015[7]) | R$ 1 537 328,64 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2015[7]) | R$ 14 057,12 | ||
Outras informações | |||
Padroeiro(a) | São Sebastião | ||
www.fabriciano.mg.gov.br (Prefeitura) www.camarafabriciano.mg.gov.br (Câmara) |
Coronel Fabriciano é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, região Sudeste do país. Pertence à Região Metropolitana do Vale do Aço e se localiza a leste da capital do estado, distando desta cerca de 200 km. Ocupa uma área de pouco mais de 221 km², sendo aproximadamente 17 km² em área urbana, e sua população estimada em 2017 era de 110 326 habitantes.
O começo do povoamento ocorreu em meados do século XIX, associado ao fluxo de tropeiros, levando à formação do povoado de Santo Antônio de Piracicaba na região do atual Melo Viana e à posterior criação do distrito em 1923. Na mesma ocasião, a localidade passa a ser atendida pela EFVM e é construída a Estação do Calado, ao redor da qual se estabeleceu o núcleo urbano que corresponde ao Centro de Fabriciano. O desenvolvimento observado em função da vinda de complexos siderúrgicos culminou na criação do município, emancipado de Antônio Dias em 1948. Sediou os núcleos industriais da Acesita e Usiminas, que foram essenciais para a evolução da cidade. Mas, com a emancipação de Timóteo e Ipatinga na década de 60, as empresas passaram a pertencer a estes municípios, respectivamente. A manutenção da atividade siderúrgica contribuiu para a formação da Região Metropolitana do Vale do Aço, que corresponde a um dos principais polos urbanos do interior do estado.
Tradições culturais como as marujadas, o artesanato e de celebrações religiosas como as festas de São Sebastião, da Semana Santa e de Corpus Christi se fazem presentes no município, bem como os monumentos de valor histórico e patrimonial da Igreja Matriz de São Sebastião, uma das primeiras igrejas da cidade, o Colégio Angélica, fundado em 1950 e cuja fachada preserva sua arquitetura original, e o Monumento Terra Mãe, marco zero fabricianense. Na Serra dos Cocais estão concentrados diversos atrativos naturais, a exemplo de cachoeiras, trilhas e montanhas, que propiciam desde a simples visitação até a prática de esportes radicais, como mountain bike, escaladas, trekking, saltos de paraquedas e trilhas 4x4.
O desbravamento da região do atual município de Coronel Fabriciano teve início na segunda metade do século XVI. Expedições como a de Fernandes Tourinho, em 1572, seguiam pelos chamados Sertões do Rio Doce à procura de metais preciosos. O local se encontrava em uma via de escoamento das pedras preciosas extraídas na região central mineira, que ligava a Estrada Real ao Litoral do Espírito Santo, no entanto o povoamento e a abertura de novas trilhas pela região do vale do rio Doce foram proibidos na primeira metade do século XVII, a fim de evitar o contrabando de ouro por meio do rio Doce e seus afluentes, como o Piracicaba.[8]
O povoamento foi liberado em 1755, após Minas Gerais passar por um declínio na produção de ouro. Nesta mesma ocasião, foi aberta uma estrada ligando Vila Rica (atual Ouro Preto, então capital da Província de Minas Gerais) a Cuieté, visando ao transporte do ouro extraído na região do atual município de Conselheiro Pena, cujo metal viria a se esgotar após 1780. Associada ao fluxo do transporte pelos rios, a partir da existência dessa estrada é que surgiram os primeiros focos de colonizadores no interior do vale do rio Doce[8] e por volta de 1800, estabeleceu-se em área fabricianense Francisco Rodrigues Franco. Na mesma ocasião, José Assis de Vasconcelos, oriundo de Santana do Alfié, tomou posse de terras nas proximidades do atual núcleo industrial da Usiminas.[9]
Em 1825, uma estrada foi aberta por Guido Marlière ligando Antônio Dias ao rio Santo Antônio, nas proximidades de Naque, cruzando a Serra dos Cocais por onde depois surgiria o povoado de São José dos Cocais.[10] Assim, o fluxo de tropeiros entre os povoamentos, intensificado ao longo do século XIX, que cruzavam a região vindos de Antônio Dias, Ferros, Santana do Paraíso, Mesquita e Joanésia, levou à formação de um pequeno aglomerado, mais tarde denominado Santo Antônio do Gambá, também conhecido como Santo Antônio de Piracicaba, no atual bairro Melo Viana. O firmamento de pequenos proprietários de terra implicou no desenvolvimento do povoamento em função da agropecuária.[11][12] Em 11 de setembro de 1831, Francisco de Paula e Silva (conhecido por Chico Santa Maria, por ser natural de Santa Maria de Itabira) se estabeleceu juntamente com sua família e numerosos escravos nas proximidades do atual bairro Alegre, em Timóteo. Francisco desenvolveu a agricultura na região e sua propriedade servia como ponto de parada para os viajantes.[9]
Francisco Romão era o encarregado pelo transporte de pessoas e mercadorias através dos rios Piracicaba, Doce e Santo Antônio, interligando São Domingos do Prata, Antônio Dias, Mesquita e Joanésia.[9] Na foz do ribeirão Caladão, havia um movimento associado à presença de um pequeno porto, onde as mercadorias transportadas pela estrada embarcavam rumo às localidades vizinhas por meio do rio Piracicaba.[12] O local passou a ser conhecido como Barra do Calado, devido à disposição entre os dois cursos hidrográficos, sendo o termo "Calado" uma provável referência ao silêncio necessário para não se chamar atenção de índios escondidos naquela área, ainda no século XIX.[11] Em 1919, João Teixeira Benevides trouxe de Ferros a primeira professora (sua sobrinha, Maria de Lourdes de Jesus) e doou terrenos para a construção da primeira escola, o primeiro cemitério e para a igreja de Santo Antônio de Piracicaba,[9] observando-se nesta ocasião um crescimento do comércio e a formação do núcleo urbano.[13]
Originalmente, a localidade fez parte da Vila de Itabira, criada em 1833 ao ser desmembrada de Caeté e elevada à condição de cidade em 1848,[14] e em 1911 o povoamento passou a pertencer a Antônio Dias.[15] Na década de 1920, após a retomada da construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), paralisada em Belo Oriente, observou-se um desenvolvimento populacional em função do estabelecimento de trabalhadores incumbidos da obra, na Barra do Calado.[16] Pela lei estadual nº 823, de 7 de setembro de 1923, houve a criação do distrito com a denominação de Melo Viana, tendo a sede em Santo Antônio de Piracicaba,[17] e a Estação do Calado foi inaugurada em 9 de junho de 1924.[18] O nome "Melo Viana" é uma referência ao ex-senador, secretário de interior e vice-presidente da república Fernando de Melo Viana.[10]
Ao redor da estação, começaram a ser levantadas as primeiras moradias — pequenos barracos — do atual Centro de Fabriciano. No entanto, somente em 1928 é que foi construída a primeira edificação em alvenaria; o Sobrado dos Pereira, que ainda existe na esquina das atuais ruas Pedro Nolasco e Coronel Silvino Pereira, que foi a construção mais imponente da cidade até meados da década de 1940.[19] Também em 1928, foi instalada a Escola Rural Mista, que foi a primeira escola regular, dirigida pela professora Mariana Roque Pires.[20] Devido à distância até o terminal ferroviário, o Cartório do Melo Viana foi transferido para o Calado em 1933, alterando-se então a sede do distrito.[16]
No começo da década de 1930, instalou-se no Calado um escritório da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (atual ArcelorMittal Aços Longos), que buscava centralizar a exploração de madeira e produção de carvão da região do rio Doce com objetivo de alimentar os fornos de suas usinas em João Monlevade.[16] A empresa foi a responsável pela abertura de ruas, construções de casas de alvenaria e estabelecimentos, bem como a instalação do Hospital Siderúrgica (atual Hospital Doutor José Maria Morais), que foi necessária devido à grande incidência de febre amarela e outras doenças tropicais.[16]
Pelo decreto-lei estadual nº 88, de 30 de março de 1938, Melo Viana passou a denominar-se Coronel Fabriciano, perdendo espaço para a criação do distrito de Timóteo em 17 de dezembro do mesmo ano.[17] Seu nome é uma homenagem a Fabriciano Felisberto Carvalho de Brito, que foi um dos políticos mais influentes de Antônio Dias, tendo recebido do então Imperador do Brasil Dom Pedro II, em 1888, o título de Tenente-coronel da Guarda Nacional para a Comarca de Piracicaba.[21] Em 1944, instalou-se a Acesita (atual Aperam South America), impulsionando o crescimento populacional e econômico do lugar, e em 15 de agosto de 1948 houve a criação da Paróquia São Sebastião, primeira instituição religiosa do Vale do Aço.[20] Dado o desenvolvimento e o anseio emancipacionista,[22] pela lei estadual nº 336, de 27 de dezembro de 1948, decretada pelo então governador Milton Campos, Coronel Fabriciano deixou de pertencer a Antônio Dias e se emancipou, constituída pelos distritos de Barra Alegre, Coronel Fabriciano (sede) e Timóteo.[17][20]
A instalação ocorreu em 1º de janeiro de 1949, quando foi realizada uma missa solene na Igreja Matriz de São Sebastião, que ainda estava em construção.[23] O aniversário da cidade, no entanto, passou a ser comemorado em 20 de janeiro, em homenagem ao dia do padroeiro São Sebastião. No mesmo dia da instalação foi empossado o intendente Antônio Gonçalves Gravatá, com o objetivo de estruturar a administração do governo até a realização da primeira eleição, em março do mesmo ano. Dessa forma, em 15 de março de 1949, tomaram posse o primeiro prefeito eleito Rubem Siqueira Maia, seu vice-prefeito Silvino Pereira e os vereadores Nicanor Ataíde, Lauro Pereira, Ary Barros, José Anatólio Barbosa, Wenceslau Martins Araújo, Sebastião Mendes Araújo, José Paula Viana, Raimundo Martins Fraga e José Wilson Camargo.[20]
Pela lei estadual nº 1.039, de 12 de dezembro de 1953, houve a criação do distrito de Ipatinga e em 1955 foi instalada a Comarca de Coronel Fabriciano.[20] Um novo núcleo industrial estava em formação com a construção da Usiminas, anunciada em 1956,[8] no entanto a emancipação de Ipatinga e Timóteo foi decretada pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962, o que incluiu os territórios das indústrias. Os complexos industriais da Usiminas e Acesita passaram a pertencer a estes municípios, respectivamente, e pelo mesmo decreto Barra Alegre passou a fazer parte de Ipatinga e foi criado o distrito Senador Melo Viana.[17] Vários trabalhadores das siderúrgicas, entretanto, continuaram a morar em Fabriciano, enquanto as receitas tributárias e a maior parte das ações sociais promovidas pelas indústrias eram destinadas às cidades vizinhas, que as sediam.[24]
A expansão populacional implicou na formação de novos bairros e conjuntos habitacionais, principalmente entre as décadas de 1960 e 80, criados a partir de loteamentos de áreas que anteriormente eram ocupadas por sítios ou fazendas.[10] Em 1969, instalou-se a Universidade do Trabalho (UT), atual Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), constituindo um dos maiores núcleos universitários do leste mineiro,[8] e em 1979, ocorreu o fechamento da Estação do Calado, devido ao crescimento urbano do Centro de Fabriciano. O terminal veio a ser demolido em 1982 e no local foi construído o atual Terminal Rodoviário, inaugurado no final da década de 80.[25] A manutenção da atividade siderúrgica na vizinhança contribuiu para a formação da Região Metropolitana do Vale do Aço, que corresponde a um dos principais pólos urbanos do estado,[26] apesar do comércio e da prestação de serviço terem se transformado nas principais fontes econômicas em Coronel Fabriciano.[7]
A área do município é de 221,252 km², representando 0,0377% do estado de Minas Gerais, 0,0239% da Região Sudeste do Brasil e 0,0026% de todo o território brasileiro.[27] Desse total, 17,02 km² estão em área urbana.[4] De acordo com a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vigente desde 2017,[28] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Ipatinga.[1] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, o município fazia parte da microrregião de Ipatinga, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Rio Doce.[29]
O relevo do município é relativamente acidentado, sendo 80% do território fabricianense montanhoso, enquanto que 15% são de terras onduladas e nos 5% restantes os terrenos são planos.[2] As maiores elevações podem ser encontradas a norte, na região dos maciços da Serra dos Cocais, onde a altitude chega aos 1 260 metros.[2] A Serra dos Cocais é a principal unidade geológica contida em Coronel Fabriciano e corresponde à zona rural municipal, onde a altitude média varia entre 500 e 800 metros e as terras são formadas por blocos contínuos de granito que sofreram interferência da pressão e temperatura em idade superior a 600 milhões de anos.[30] Por outro lado, a altitude mínima do município é de 220 metros e pode ser notada no rio Piracicaba, a sul da cidade, enquanto que a sede se encontra a 250 metros.[2][31]
Além da importância geológica, a Serra dos Cocais é considerada um divisor natural das bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Santo Antônio e Doce, abrigando também centenas de nascentes.[30][32] O rio Piracicaba banha a cidade, na divisa com Timóteo, fazendo do município um integrante de sua sub-bacia que, por sua vez, está inserida na bacia do rio Doce. De forma geral, o território municipal é abrangido por três sub-bacias menores, cujos cursos principais correm para o rio Piracicaba, sendo elas a do ribeirão Cocais Pequeno, que tem 129 km² e se restringe à zona rural; do ribeirão Caladão (53 km²); e do ribeirão Caladinho (9 km²); das quais as duas últimas abrangem o perímetro urbano.[33] Destes, os ribeirões Cocais Pequeno e Caladão nascem na Serra dos Cocais, mas o Caladão corta a cidade de norte a sul e, em seu trecho urbano, sofre gravemente com a degradação ambiental, principalmente com o despejo de lixo e esgoto, assoreamento e erosão, favorecendo a ocorrência de enchentes durante o período chuvoso.[34][35] Além dos ribeirões Caladão e Caladinho, os córregos dos Camilos e São Domingos são leitos menores que cortam a zona urbana.[36][37]
O município de Coronel Fabriciano faz limites com os municípios de Joanésia e Mesquita a norte, Ferros a oeste, Antônio Dias a sudoeste, Ipatinga a leste e Timóteo a sul.[2] O intenso crescimento da região tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre seus municípios, formando-se a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), envolvendo Coronel Fabriciano juntamente com as cidades de Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, além dos outros 24 municípios que fazem parte do chamado colar metropolitano. O município, como vizinho das cidades que sediam grandes complexos industriais, tem um papel fundamental como cidade-dormitório para os municípios a seu redor, além de possuir um considerável potencial comercial.[26]
A região se tornou conhecida internacionalmente em virtude das grandes empresas que sedia, a exemplo da Cenibra (em Belo Oriente), Aperam South America (em Timóteo) e Usiminas (Ipatinga), todas com um considerável volume de produtos exportados, e apesar de seu povoamento recente, corresponde a um dos principais polos urbanos do interior do estado.[26] Segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os quatro principais municípios reuniam, em 2017, um total de 493 288 habitantes.[5]
O clima fabricianense é caracterizado como tropical quente semiúmido[38] (tipo Aw segundo Köppen),[39] com temperatura média compensada anual de 22,8 °C e pluviosidade média de 1 415 mm/ano, concentrados entre os meses de outubro e abril, sendo dezembro o mês de maior precipitação.[40] O mês mais quente, fevereiro, tem temperatura média de 25,5 °C, enquanto que no mês mais frio, julho, a média é de 19,1 °C. Apesar da queda da temperatura no inverno, eventos de frio em demasia são raros. Outono e primavera, por sua vez, são estações de transição.[40] A umidade do ar é relativamente elevada, sendo a média anual de 79%.[40] No entanto, baixos índices de umidade podem ser registrados durante a estação seca ou em longos veranicos. Nesses períodos, o ar seco em associação à poluição favorece a concentração de poluentes na atmosfera, contribuindo com a piora da qualidade do ar.[40][41]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1981 a 2002, a temperatura mínima absoluta registrada em Coronel Fabriciano foi de 5,4 °C em 4 de agosto de 1983,[42] e a maior atingiu 40,0 °C em 6 de fevereiro de 1998.[43] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 168,4 milímetros (mm) em 23 de março de 1991. Outros grandes acumulados foram 120,7 mm em 2 de novembro de 1992, 103,0 mm em 9 de fevereiro de 2000, 102,0 mm 1º de março de 1992 e 100,4 mm em 17 de dezembro de 1997.[44] O menor índice de umidade relativa do ar foi de 19% em 1º de setembro de 1993.[45] As chuvas, sobretudo nos meses da estação chuvosa, podem vir acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento[46] e, raramente, queda de granizo.[47]
Dados climatológicos para Coronel Fabriciano | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 39,4 | 40 | 37 | 39,8 | 36 | 32,6 | 35,8 | 35 | 38,4 | 39,8 | 38,6 | 38 | 40 |
Temperatura máxima média (°C) | 32,3 | 33 | 32,3 | 31 | 29 | 27,9 | 28,1 | 28,6 | 29,6 | 30,1 | 30,9 | 31,2 | 30,3 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,3 | 25,5 | 25 | 23,5 | 21,4 | 19,5 | 19,1 | 19,9 | 22 | 23,3 | 24,2 | 24,7 | 22,8 |
Temperatura mínima média (°C) | 20,6 | 20,5 | 20,1 | 18,5 | 16,2 | 14,1 | 13,1 | 13,9 | 16,4 | 18,6 | 19,4 | 20,2 | 17,6 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 16 | 15,6 | 14,4 | 11,8 | 6,8 | 3,6 | 6,4 | 5,4 | 8 | 12,6 | 13 | 15,2 | 3,6 |
Precipitação (mm) | 239,8 | 137,1 | 162,5 | 66,6 | 40,6 | 15,2 | 7,4 | 18,1 | 48,7 | 108 | 258,1 | 312,8 | 1 414,9 |
Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 13 | 8 | 10 | 6 | 5 | 3 | 2 | 2 | 5 | 8 | 14 | 16 | 92 |
Umidade relativa compensada (%) | 80 | 77,8 | 79,8 | 81,1 | 82,2 | 82,4 | 79,2 | 76,3 | 74,5 | 75,5 | 79,9 | 81,3 | 79,2 |
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) — normal climatológica de 1981–2010;[40] recordes de temperatura de 1981–2002[48][49][50] |
A vegetação nativa pertence ao domínio florestal Atlântico (Mata Atlântica), porém a monocultura de reflorestamento com eucalipto ocupa área maior que o bioma original, tendo como finalidades a produção de matéria-prima para a fábrica de celulose da Cenibra e a produção de carvão vegetal para as siderúrgicas locais, como a Aperam South America e a Usiminas.[51] Em 2009, os plantios de eucalipto ocupavam 13 129,08 hectares ou 59,13% da área de Coronel Fabriciano. Neste mesmo ano, 50,1 hectares (0,23%) eram cobertos por cursos hídricos e 1 246,78 hectares (5,61%) eram áreas urbanizadas.[52]
Em meio às áreas reflorestadas e desmatadas, ainda são encontradas algumas diversidades em ilhas não devastadas, como espécies de bromélias e orquídeas, além da palmeira-indaiá, ipê-amarelo, embaúbas, quaresmeiras e samambaias, dentre outras. Na época das secas (abril–outubro) é comum o amarelamento de áreas com muito mato e poucas árvores, devido à escassez de chuva.[32] Na fauna, por sua vez, também podem ser observadas espécies típicas de áreas do domínio da Mata Atlântica, bem como em várias regiões do próprio estado de Minas Gerais, a exemplo do jacu; aves de rapina, como o gavião e o carcará; mamíferos como o lobo-guará, a onça-pintada e macaco da cara-branca; além de algumas espécies de serpentes.[32] Fabriciano conta com três Áreas de Proteção Ambiental (APAs), sendo elas a APA Serra dos Cocais, a APA do Recanto Verde e a APA Mata da Biquinha.[53] Parte das áreas de preservação locais, no entanto, é usada para pastagens ou cultivo de eucalipto.[54]
Alguns dos principais problemas ambientais que a cidade sofre são as enchentes, que no período chuvoso provocam grandes estragos nas áreas mais baixas e populosas,[35] e os deslizamentos de terra nos morros e encostas.[55] As causas destes problemas muitas vezes são as construções de residências em encostas de morros e áreas de risco, além do lixo e do esgoto despejado nos córregos e ribeirões.[34][56] Coronel Fabriciano não possui estação de tratamento de águas residuais, dessa forma o esgoto produzido na cidade é liberado diretamente para os cursos hídricos que cortam o perímetro urbano e, posteriormente, para o rio Piracicaba.[57]
As queimadas florestais destroem a mata nativa, comprometendo a qualidade do solo e prejudicando ainda a qualidade do ar, sendo que já há uma grande concentração de poluentes devido aos gases emitidos pelas usinas do Vale do Aço. A topografia do município contribui com o acúmulo de contaminantes no ar, em especial nos meses mais secos, quando são registradas baixas temperaturas e índices de umidade relativa do ar insatisfatórios, elevando a incidência de doenças respiratórias nessa época do ano. Todavia, maior fonte de poluição gerada na cidade é oriunda do fluxo de veículos.[41]
Em contrapartida, recorrentemente são feitos incentivos ao plantio de árvores na zona urbana[58] e campanhas de conscientização ecológica nas escolas.[59] Ações preventivas da Defesa Civil incluem o monitoramento de áreas sujeitas a deslizamentos de terra e a notificação de moradores em caso de corte irregular de terra.[56] Em relação às inundações, a prefeitura efetua o desassoreamento dos leitos dos rios, de modo a permitir o devido escoamento da água das chuvas. A administração municipal também trabalha na complementação das redes de drenagem, limpeza e recuperação de encostas nas margens dos cursos hidrográficos que cortam o perímetro urbano, reduzindo o risco de enchentes. Além disso, está em fase de planejamento a construção de uma estação de tratamento de esgoto que atenda a Coronel Fabriciano.[57][60]
Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1940 | 3 791 | — | |
1950 | 7 820 | 106,3% | |
1960 | 16 949 | 116,7% | |
1970 | 41 120 | 142,6% | |
1980 | 75 709 | 84,1% | |
1991 | 87 439 | 15,5% | |
2000 | 97 451 | 11,5% | |
2010 | 103 694 | 6,4% | |
Est. 2017 | 110 326 | 6,4% | |
Fonte: IBGE[22][61] |
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 103 694 habitantes.[62] Segundo o censo daquele ano, 50 035 habitantes eram homens e 53 659 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 102 395 habitantes viviam na zona urbana e 1 299 na zona rural.[62] Já segundo estatísticas divulgadas em 2017, a população municipal era de 110 326 habitantes.[5] Da população total em 2010, 24 078 habitantes (23,22%) tinham menos de 15 anos de idade, 71 949 habitantes (69,39%) tinham de 15 a 64 anos e 7 667 pessoas (7,39%) possuíam mais de 65 anos, sendo que a esperança de vida ao nascer era de 76,9 anos e a taxa de fecundidade total por mulher era de 1,9.[63]
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Coronel Fabriciano é considerado alto, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no ano de 2010. Seu valor era de 0,755, sendo então o 35° maior de todo o estado de Minas Gerais e o 453º maior do Brasil.[6] Por causa da pouca disponibilidade de lotes e imóveis à venda na área central da cidade e dos problemas de trânsito e falta de estacionamento, os investidores comerciais e residenciais estão migrando cada vez para os bairros do distrito Senador Melo Viana. Com isso, a população da região central fabricianense apresenta taxas de crescimento inferiores às do distrito.[64]
De 2000 a 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo reduziu em 56,2% e em 2010, 91,2% da população vivia acima da linha de pobreza, 5,5% encontrava-se na linha da pobreza e 3,3% estava abaixo[65] e o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, era de 0,498, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[66] A participação dos 20% da população mais rica da cidade no rendimento total municipal era de 53,7%, ou seja, 13 vezes superior à dos 20% mais pobres, que era de 4,2%.[65] Também em 2010, 19,7% da população vivia em favelas, aproximadamente 21 mil habitantes, sendo a maior parcela de habitantes vivendo em aglomerados subnormais dentre os municípios mineiros.[67] Em 2014, segundo cadastro da prefeitura, também havia 34 moradores de rua.[68]
Na época da implantação das grandes siderúrgicas na cidade houve um grande crescimento populacional desordenado na região e em 1964 os municípios de Ipatinga e Timóteo se desmembraram, o que incluiu os territórios das indústrias.[24] Vários trabalhadores dessas empresas, entretanto, continuaram a morar em Coronel Fabriciano, enquanto as receitas de impostos e a maior parte das ações sociais promovidas pelas indústrias foram destinadas às cidades vizinhas, que as sediavam.[24] A partir disso, Fabriciano ficou carente de recursos e estrutura para promover as políticas públicas necessárias.[69] O crescimento urbano do município não foi acompanhado pelo desenvolvimento econômico e social que fosse capaz de suprir às necessidades da população[70] e projetos de expansão das empresas podem acarretar novas ondas de desenvolvimento sem distribuição.[69] A Prefeitura mantém vários projetos habitacionais, de regularização fundiária e de aquisição de lotes em andamento, realizados através da participação popular e de parcerias com diversas organizações governamentais e não-governamentais.[71]
Tal qual a variedade cultural verificável em Fabriciano, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos fabricianenses se declara católica —, é possível encontrar atualmente no município dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como as Testemunhas de Jeová e a prática do espiritismo, entre outras. Também são consideráveis as comunidades mórmons e as religiões afro-brasileiras. De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população fabricianense é composta por: católicos (49,34%), protestantes (38,52%), pessoas sem religião (9,45%), espíritas (0,61%) e 2,08% estão divididas entre outras religiões.[72]
Segundo divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Diocese de Itabira-Fabriciano. Desde 1º de junho de 1979, Fabriciano é cossede dessa diocese, que foi criada em 14 de junho de 1965 e tem Marco Aurélio Gubiotti como bispo desde 2013.[73] A cidade também é a sede da chamada Região Pastoral III, que compreende a outros nove municípios e 22 paróquias, sendo que três dessas paróquias fazem parte de Coronel Fabriciano: Santo Antônio, São Francisco Xavier e São Sebastião (cossede),[74] com um total de 43 comunidades distribuídas pelos bairros[75][76] — exclui-se o Amaro Lanari, que faz parte da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, sediada em Ipatinga.[77] A Catedral de São Sebastião, que está localizada no bairro Santa Helena, é a co-catedral da circunscrição, sendo também um dos principais monumentos religiosos do município.[78]
Além da catedral, destacam-se, por valor histórico ou cultural, outros monumentos ligados diretamente com o Catolicismo em Coronel Fabriciano, como a Igreja Matriz, o Santuário Nossa Senhora da Piedade e o Colégio Angélica.[78][79] O Carmelo Santíssima Trindade está situado no bairro Contente e abriga as religiosas que vivem conforme a Ordem Carmelita, com atuação contemplativa e que consiste na oração e na imolação com a Igreja e pela Igreja, excluindo qualquer forma de apostolado ativo.[80] Vários bairros do município também têm nomes ligados à religiosidade católica, como Bom Jesus, Nossa Senhora do Carmo, Santa Inês, Santa Terezinha, Santo Antônio, São Cristóvão e São Domingos.[81]
A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a Igreja Cristã de Nova Vida, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, as igrejas batistas, as igrejas Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras.[72] Dentre os 38,52% da população que se declaravam protestantes em 2010, 24,42% pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal, 7,06% às evangélicas de missão e 7,04% pertenciam a outras denominações evangélicas.[72] Também existem cristãos de várias outras denominações reformadas, tais como as Testemunhas de Jeová (que representam 0,53% dos habitantes) e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,03%), conhecida como Igreja Mórmon.[72]
Em 2010, segundo dados do censo do IBGE daquele ano com a autodeclaração de cada fabricianence, a população era composta por 39 754 brancos (38,34%), 10 348 negros (9,98%), 1 033 amarelos (1,00%), 52 387 pardos (50,52%) e 172 indígenas (0,17%).[82] Considerando-se a região de nascimento, 101 263 eram nascidos no Sudeste (97,66%), 144 no Norte (0,14%), 1 529 no Nordeste (1,47%), 247 no Centro-Oeste (0,24%) e 149 no Sul (0,14%). 98 223 habitantes eram naturais do estado de Minas Gerais (94,72%) e, desse total, 57 013 eram nascidos em Coronel Fabriciano (54,98%).[83] Entre os 5 471 naturais de outras unidades da federação, o Espírito Santo era o estado com maior presença, com 1 562 pessoas (1,51%), seguido por São Paulo, com 1 023 residentes (0,99%), e pela Bahia, com 759 habitantes residentes no município (0,73%).[84]
A cidade recebeu influência de imigrantes durante o século XX, nas construções da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), entre as décadas de 1910 e 1920, e das grandes siderúrgicas do Vale do Aço, entre as décadas de 40 e 50.[85] Na época do desbravamento da região o município também recebeu alguns escravos[85] e durante as obras da EFVM vieram ainda nordestinos oriundos, principalmente, da Bahia e de Sergipe.[86] A região do bairro Manoel Domingos, por exemplo, começou a ser povoada na década de 1910, com a chegada do imigrante português Manoel Domingues (a quem o nome do atual bairro homenageia), que ajudava na construção da EFVM. Grande parte dos moradores que povoaram aquela área nos anos seguintes era descendente de seus 28 filhos, sendo que o bairro veio a ser criado oficialmente na década de 50.[85] Já durante as obras das indústrias do Vale do Aço, Fabriciano recebeu principalmente japoneses e descendentes provenientes das lavouras de café do estado de São Paulo, que vieram trabalhar na construção da Usiminas.[87]
A administração municipal se dá pelos Poderes Executivo e Legislativo. O Executivo é exercido pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários.[88] O primeiro representante do Executivo municipal foi o intendente Antônio Gonçalves Gravatá, nomeado interinamente após a instalação do município em 1º de janeiro de 1949, e exercendo o cargo até a realização da primeira eleição municipal, em março do mesmo ano, quando foi eleito Rubem Siqueira Maia.[20] O atual é Marcos Vinícius da Silva Bizarro, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), eleito nas eleições municipais de 2016 com 46,63% dos votos válidos e empossado em 1° de janeiro de 2017, ao lado de José Gregório de Paiva Neto (PMDB) como vice-prefeito.[89][90] O Poder Legislativo, por sua vez, é constituído pela câmara municipal,[88] composta por dezessete vereadores.[89] Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).[88]
Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também conselhos municipais em atividade, entre os quais direitos da criança e do adolescente (criado em 1991), tutelar (1997), direitos do idoso (2006), direitos da pessoa com deficiência (2007) e políticas para mulheres (2003).[91][92] Coronel Fabriciano se rege por sua lei orgânica, promulgada em 7 de setembro de 1990,[88] e abriga uma comarca do Poder Judiciário estadual, de entrância especial, que funciona no Fórum Dr. Orlando Milanez, tendo como termo o município de Antônio Dias.[93] O município pertence à 97ª zona eleitoral do estado de Minas Gerais e possuía, em dezembro de 2016, 81 122 eleitores, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que representa 0,518% do eleitorado mineiro.[94]
Coronel Fabriciano é composta pelo distrito-sede e pelo distrito Senador Melo Viana, que corresponde à parte norte do perímetro urbano. De acordo com o IBGE em 2010, Senador Melo Viana era o mais populoso, com um total de 55 013 habitantes, enquanto que a sede possuía 48 681 residentes.[37]
Quando emancipado de Antônio Dias, em 27 de dezembro de 1948, o município era formado pelos distritos Barra Alegre, Coronel Fabriciano (sede) e Timóteo. Em 1953, foi criado o distrito de Ipatinga e no final da década de 1950 houve a elaboração de um projeto de lei propondo a elevação do território do atual Senador Melo Viana à categoria de município. A área pretendida englobava toda a parte norte da zona urbana até o traçado feito pela Avenida Tancredo Neves, que corta a cidade pelos bairros Caladinho, Bom Jesus e Todos os Santos. Esse projeto chegou a ser registrado na Secretaria de Interior de Minas Gerais, porém não obteve o resultado desejado, tendo conquistado apenas a criação do distrito pela lei estadual nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962.[95] Mediante este mesmo decreto, Ipatinga e Timóteo se emanciparam e Barra Alegre passou a fazer parte de Ipatinga.[17]
Segundo o IBGE e a prefeitura, no ano de 2008, a zona urbana era formada por 63 bairros oficiais distribuídos em seis regiões, nomeadas pela prefeitura de setores,[81] e na zona rural há os povoados de Santa Vitória dos Cocais e São José dos Cocais, além das comunidades Barra de Nova Estrela, Córrego do Cristal, Córrego do Sóter, Córrego dos Avelino, Córrego dos Bertoldo, Córrego dos Cedro, Córrego dos Germano, Córrego dos Machado, Córrego dos Pinto, Córrego dos Vieira, Córrego Timirim, Gouveia, Mandioca Assada e Nova Estrela.[36]
De acordo com o censo 2010 do IBGE, os três bairros mais populosos de Fabriciano eram o Amaro Lanari (com 6 924 habitantes), o Morada do Vale (5 569 habitantes) e o Santa Cruz (5 367 habitantes).[37] Em contraste com o segundo e terceiro colocados, o Amaro Lanari é um dos poucos bairros planejados da cidade, tendo sido projetado pela Usiminas para abrigar os trabalhadores desta empresa.[96] Até a década de 1960, parte das terras fabricianenses (onde atualmente estão bairros como Giovannini, Júlia Kubitschek, São Domingos, Bom Jesus e Santa Cruz) pertencia à Arquidiocese de Mariana, porém com o passar do tempo essas áreas foram vendidas, doadas ou compradas e, posteriormente, loteadas e ocupadas.[97][98][99]
No Produto Interno Bruto (PIB) de Coronel Fabriciano, destaca-se a área de prestação de serviços. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2015, o PIB a preços recorrentes do município era de R$ 1 537 328,64 mil.[7] Desse total, 122 963,04 mil eram de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita era de R$ 14 057,12 mil[7] e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda, em 2010, era de 0,715.[6] Em 2010, 63,86% da população maior de 18 anos era economicamente ativa, enquanto que a taxa de desocupação era de 9,98%.[63] Cabe ressaltar, no entanto, que em 2010, cerca de 31% da população ocupada se deslocava para outro município para trabalhar, dadas a proximidade e o fácil acesso aos demais municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço.[100]
Em 2014, salários juntamente com outras remunerações somavam 307 811 mil reais e o salário médio mensal de todo município era de 1,8 salários mínimos. Havia 2 696 unidades locais e 2 604 empresas atuantes.[101] Segundo o IBGE, em 2010, 55,25% das residências sobreviviam com menos de salário mínimo mensal por morador, 34,80% sobreviviam com entre um e três salários mínimos para cada pessoa, 4,86% recebiam entre três e cinco salários, 2,54% tinham rendimento mensal acima de cinco salários mínimos e 2,56% não tinham rendimento.[102]
A pecuária e a agricultura representam o setor menos relevante na economia de Coronel Fabriciano. Em 2015, 4 066,63 mil reais eram do valor adicionado bruto da agropecuária,[7] enquanto que em 2010, 1,99% da população economicamente ativa do município estava ocupada no setor.[63] Segundo o IBGE, em 2015 o município possuía um rebanho de 1 266 bovinos, 276 suínos, 38 equinos, 46 caprinos e 4 387 galinhas, galos, frangos e pintinhos.[103] Naquele ano, foram produzidos 490 mil litros de leite de 320 vacas, 7 mil dúzias de ovos de galinha e 113 mil quilos de mel-de-abelha.[103]
Na lavoura temporária, eram cultivados cana-de-açúcar (24 hectares cultivados e 1 200 toneladas produzidas), feijão (50 hectares e 37 toneladas) e mandioca (quatro hectares e 50 toneladas).[104] A agricultura familiar recebe incentivos da prefeitura, que adquire parte dos alimentos das escolas municipais com os agricultores da Serra dos Cocais.[105] Produtos da agricultura familiar, como doces, hortaliças, legumes e frutas, também são comercializados em feiras livres regulares, a exemplo da Feira Popular da Praça da Bíblia, no bairro Surinan.[106]
A indústria é o segundo setor mais relevante para a economia fabricianense. 154 840,61 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto do setor secundário,[7] sendo que grande parte desse total é originada no Distrito Industrial. É administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e composto por aproximadamente 40 empresas de diferentes ramos em uma área de 182 970 m², empregando diretamente cerca de 850 pessoas.[107] No anel viário da BR-381, na divisa com Antônio Dias, foi criado em 2011 o Distrito Industrial II, o chamado Parque Industrial Vale do Aço, composto inicialmente por 220 lotes com extensão de 2 mil m².[108]
Na cidade residem funcionários diretos das grandes indústrias do Vale do Aço, como a Usiminas, a Aperam South America, a Usimec e a Cenibra.[107] O município também atua como fornecedor de matéria prima, com destaque à extração de madeira, em especial do eucalipto, para suprir à demanda das siderúrgicas.[51] Em 2015, de acordo com o IBGE, foram extraídas 361 toneladas de carvão vegetal de eucalipto e 87 254 m³ de madeira em toras, sendo todo esse valor destinado à produção de papel e celulose.[109] Segundo estatísticas do ano de 2010, 0,48% dos trabalhadores de Coronel Fabriciano estavam ocupados no setor industrial extrativo e 19,76% na indústria de transformação.[63]
Em 2010, 9,57% da população ocupada estava empregada no setor de construção, 1,02% nos setores de utilidade pública, 17,52% no comércio e 41,82% no setor de serviços[63] e em 2015, 902 753,74 mil reais do PIB municipal eram do valor adicionado bruto do setor de serviços e 352 704,63 mil reais do valor adicionado da administração pública.[7] O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB fabricianense, destacando-se na área do comércio, que apresenta estabelecimentos de diversos ramos. O segmento hoteleiro conta com cerca de 1 800 acomodações registradas, segundo a prefeitura.[107]
O movimento comercial em Coronel Fabriciano possui uma representatividade especial na região do Centro, que concentra cerca de 70% das vendas, segundo dados da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Coronel Fabriciano (Acicel) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), órgãos que coordenam o desenvolvimento logístico e mercantil municipal. Os 30% restantes são representados pelos bairros Caladinho e do distrito Senador Melo Viana, que apresentam movimento comercial crescente.[110]
O eixo compreendido entre o Centro de Fabriciano, o trajeto da Avenida Magalhães Pinto e suas ruas afluentes, até o bairro Melo Viana, é considerado uma centralidade metropolitana que exerce um considerável grau de polarização na RMVA, em função da presença de serviços públicos e comércio que atraem consumidores das cidades próximas. O bairro Caladinho também é apontado como centralidade metropolitana, em especial às margens da Avenida Tancredo Neves, apesar do menor grau de polarização.[111] Alguns dos bairros mais populosos no interior da cidade, como Amaro Lanari, Santa Cruz e Floresta, apresentam uma relevante presença de estabelecimentos comerciais locais, a exemplo de padarias, farmácias, açougues e lojas de confecções.[110]
Coronel Fabriciano possuía, em 2009, 78 estabelecimentos de saúde, sendo 57 deles privados, 20 públicos municipais e um público estadual entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles havia 143 leitos para internação, sendo 98 deles cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).[112] Com 0,64 leitos para cada mil habitantes no município, esse índice está abaixo da média nacional, que era de 2,25 segundo o DATASUS em 2014.[113] Havia, em 2010, 0,51 enfermeiros, 0,54 dentistas e 1,5 médicos para cada mil habitantes, frente a médias nacionais de 0,69, 0,54, e 1,5, respectivamente.[113] Em 2012, foram registrados 674 óbitos, sendo que as doenças do sistema circulatório representaram a maior causa de mortes (31,3%), seguida pelos tumores (17,7%).[114]
Em 2010, 1,3% das mulheres de 10 a 17 anos tiveram filhos.[63] Em 2014, foram registrados 1 424 nascidos vivos, sendo que o índice de mortalidade infantil neste ano foi de 12,6 óbitos de crianças menores de cinco anos de idade a cada mil nascidos vivos. No mesmo ano, 98,2% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia[115] e 78,3% das crianças do município foram pesadas pelo Programa Saúde da Família, sendo que 0,6% delas estavam desnutridas.[65] O Hospital Doutor José Maria Morais (antigo Hospital Siderúrgica e posteriormente Hospital São Camilo), que está localizado no bairro Santa Helena, é o principal hospital de Coronel Fabriciano com atendimento público e leitos para internação, porém tanto o hospital quanto a cidade não contam com maternidade pública.[116] O Hospital Metropolitano Unimed Vale do Aço, situado no bairro Santa Terezinha II, oferece atendimento emergencial e internação. A Unimed, no entanto, não atende pelo SUS, servindo apenas à população que conte com planos de saúde conveniados ou aos que paguem pelo atendimento particular.[117]
Na área da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Coronel Fabriciano era, no ano de 2015, de 5,5 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 à 10), sendo que a nota obtida por alunos do 5º ano foi de 6,4 e do 9º ano foi de 4,6; o valor das escolas públicas de todo o Brasil era de 4,7.[118] Em 2010, 1,86% das crianças com faixa etária entre sete e 14 anos não estavam matriculadas em instituições de ensino.[63] A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 63,1% e o percentual de alfabetização de jovens e adolescentes entre 15 e 24 anos era de 99,1%. Em 2015, a distorção idade-série entre alunos do ensino fundamental, ou seja, com idade superior à recomendada, era de 2,4% para os anos iniciais e 14,6% nos anos finais e, no ensino médio, a defasagem chegava a 19,8%.[118] Dentre os habitantes de 25 anos ou mais, em 2010, 54,05% tinham completado o ensino fundamental, 36,07% o ensino médio e 8,72% o ensino superior, sendo que a população tinha em média 9,29 anos esperados de estudo.[63]
Em 2010, de acordo com dados da amostra do censo demográfico, da população total, 29 413 habitantes frequentavam creches e/ou escolas. Desse total, 474 frequentavam creches, 3 500 estavam no ensino pré-escolar, 1 704 na classe de alfabetização, 299 na alfabetização de jovens e adultos, 13 107 no ensino fundamental, 4 526 no ensino médio, 805 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 896 na educação de jovens e adultos do ensino médio, 342 na especialização de nível superior, 3 674 em cursos superiores de graduação e 86 em mestrado. 74 281 pessoas não frequentavam unidades escolares, sendo que 8 974 nunca haviam frequentado e 65 307 haviam frequentado alguma vez.[119] O município contava, em 2015, com 19 147 matrículas nas instituições de educação infantil e ensinos fundamental e médio da cidade,[120] sendo que dentre as 39 escolas que ofereciam ensino fundamental, 13 pertenciam à rede pública estadual, 15 à rede municipal e onze às redes particulares. Dentre as onze instituições de ensino médio, sete pertenciam à rede pública estadual e quatro eram escolas privadas.[120] O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da educação era de 0,696 no ano de 2010.[6]
Em 2013, o município dispunha de quatro unidades de ensino técnico[121] e sediava o campus principal do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), um dos maiores centros universitários de Minas Gerais. Foi fundado em 1969 pela Congregação Padres do Trabalho e se desenvolveu até se estabelecer como o maior complexo educacional da Região Metropolitana do Vale do Aço.[122]
Educação de Coronel Fabriciano em números (2015)[120] | ||||||
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Nível | Matrículas | Docentes | Escolas (total) | |||
Ensino pré-escolar | 2 608 | 158 | 31 | |||
Ensino fundamental | 12 587 | 684 | 39 | |||
Ensino médio | 3 952 | 255 | 11 |
No ano de 2010, Coronel Fabriciano possuía 31 615 domicílios particulares permanentes. Desse total, 28 076 eram casas, 131 casas de vila ou em condomínio, 3 195 apartamentos e 213 eram habitações em casas de cômodos ou cortiço. Do total de domicílios, 22 718 eram próprios, sendo que 21 872 eram próprios já quitados; 846 próprios em aquisição e 6 519 eram alugados; 2 317 imóveis foram cedidos, sendo que 82 havia sido cedidos por empregador e 2 235 foram cedidos de outra maneira; e 61 foram ocupados de outra forma.[123] O atual Plano Diretor Municipal está em vigor desde 2012 e rege os parâmetros geográficos e urbanísticos para a construção de residências, prédios e estabelecimentos comerciais.[124]
Os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto da cidade são feitos pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa),[125] sendo que em 2008 havia 34 280 unidades consumidoras e eram distribuídos em média 13 188 m³ de água tratada por dia.[126] Em 2010, segundo o IBGE, 97,5% dos domicílios eram atendidos por água encanada[127] e 86,83% possuíam esgotamento sanitário.[123] A água utilizada para o suprimento da região do Vale do Aço é originada de um aquífero aluvionar localizado no subsolo, sendo extraída e tratada na estação de tratamento de água da Copasa localizada no bairro Amaro Lanari.[31] Por outro lado, Fabriciano não conta com estação de tratamento de águas residuais e o esgoto coletado na cidade é liberado diretamente para os cursos hidrográficos que banham o perímetro urbano, entretanto está sendo planejada a construção de uma.[57]
O serviço de abastecimento de energia elétrica é feito pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que atende ainda a boa parte do estado de Minas Gerais. No ano de 2003, existiam 25 070 consumidores e foram consumidos 517 318 580 KWh de energia,[2] sendo que em 2010, 99,8% dos domicílios possuía acesso à rede elétrica, de acordo com o IBGE. Cerca de 98,4% do município é atendido pelo serviço de coleta de lixo.[127] Nas avenidas Tancredo Neves e Magalhães Pinto a coleta é realizada de segunda-feira a sábado, enquanto que no restante da cidade é feita três vezes por semana.[128] Os resíduos coletados no município são encaminhados à Central de Resíduos do Vale do Aço (CRVA), localizada em Santana do Paraíso, sendo que uma média de 50 toneladas de lixo ao dia era produzida em 2012.[129] Há um sistema de coleta seletiva de lixo, que funciona através de uma parceria entre a prefeitura, os estabelecimentos comerciais e os catadores de lixo e foi reestruturado em novembro de 2013.[130]
Quantidade de homicídios em Coronel Fabriciano[131] | |||||
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Ano | Total | Ano | Total | Ano | Total |
2000 | 8 | 2006 | 26 | 2012 | 53 |
2001 | 10 | 2007 | 17 | 2013 | 57 |
2002 | 14 | 2008 | 17 | 2014 | 53 |
2003 | 24 | 2009 | 21 | 2015 | 48 |
2004 | 16 | 2010 | 28 | 2016 | 46 |
2005 | 23 | 2011 | 41 | 2017[132] | 21 |
A provisão de segurança pública de Coronel Fabriciano é dada por diversos organismos. A Polícia Militar, uma força estadual, é a responsável pelo policiamento ostensivo das cidades, o patrulhamento bancário, ambiental, prisional, escolar e de eventos especiais, além de realizar ações de integração social, tendo como base no município um Batalhão da Polícia Militar.[133] Já a Polícia Civil tem o objetivo de combater e apurar as ocorrências de crimes e infrações[134] e é representada por uma Área Integrada de Segurança Pública (AISP), subordinada à Delegacia Regional de Polícia Civil de Ipatinga.[133] A cidade é atendida por um Pelotão do Corpo de Bombeiros[135] e o Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec), por sua vez, se responsabiliza por ações preventivas, assistenciais, recuperativas e de socorro em situações de risco público.[136]
Em 2013, a Polícia Militar registrou um total de 439 crimes violentos, sendo 325 roubos (74%), 62 tentativas de homicídio (14,1%) e 45 homicídios (10,3%). O percentual restante correspondeu a casos de sequestros e estupros.[137] Em 2014, segundo o cadastro do DATASUS, foi registrado um índice de 29,5 homicídios por armas de fogo para cada 100 mil habitantes, valor que era o 19º maior de Minas Gerais.[138] A maior parte dos homicídios está relacionada ao tráfico de drogas, que também contribui com a prática de outros delitos, visto que os usuários normalmente furtam e roubam para sustentar seus vícios.[139] Os poderes públicos estadual e municipal têm realizado diversas atividades para melhorar a segurança da cidade, como ampliando o quadro de efetivos em dias de comércio movimentado,[140] mas ainda há vários problemas afetando o setor. O Presídio de Fabriciano, inaugurado em 2008 para substituir o antigo,[141] já foi denunciado como um local de tortura a apenados e já vivenciou mortes.[142]
Em dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Coronel Fabriciano possuía 434 orelhões em dezembro de 2014.[143] O código de área (DDD) de Fabriciano é 031[144] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade vai de 35170-001 a 35176-999.[145] Em janeiro de 2009, a Região Metropolitana do Vale do Aço passou a ser servida pela portabilidade, assim como as outras cidades de mesmo DDD.[146] O serviço postal é atendido por cinco agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos funcionando em bairros estratégicos do município.[147] Também há cobertura por uma rede wireless (sem fio) em alguns pontos.[148]
Há sinal de diversas emissoras de televisão aberta, dentre as quais RedeTV! MG (RedeTV!), TV Cultura Vale do Aço (Rede Minas), Band Minas (Band), TV Alterosa Leste (SBT), TV Leste (Record) e InterTV dos Vales (Rede Globo).[149] A Rádio Educadora foi a primeira emissora de rádio do município e do Vale do Aço e está no ar desde 1968.[150] Com sede na cidade, também se destaca a Galáxia FM, que foi criada em 1983.[151] Dentre os jornais locais com circulação diária, destacam-se o Diário do Aço, Diário Popular e Vale do Aço, produzidos em Ipatinga, além da Folha do Comércio, editado em Coronel Fabriciano.[152]
O município possui fácil acesso a várias cidades mineiras e do Brasil por rodovias de relevância nacional ou vicinais, como a BR-458 e a BR-381, que atendem diretamente à Região Metropolitana do Vale do Aço.[2] Esta cortava a cidade através da Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, cujo trecho foi municipalizado após a transferência da rodovia para fora do perímetro urbano, passando pelo interior do município de Timóteo.[153] A Avenida Governador José de Magalhães Pinto é a principal via no interior da zona urbana, ligando o Centro de Fabriciano aos bairros do distrito Senador Melo Viana.[154] A Serra dos Cocais, por sua vez, é atendida por uma estrada com pavimentação em chão batido que conecta a cidade aos povoados rurais.[155] Fabriciano também possui a maior estação rodoviária do Vale do Aço, o Terminal Rodoviário de Coronel Fabriciano, que está localizado na área central da cidade e atende à região com saídas diárias regulares para as principais cidades de Minas Gerais e mesmo para fora do estado.[156]
O transporte coletivo do município é de responsabilidade do Consórcio Fabri Fácil, por meio das concessionárias Autotrans e Viação Acaiaca.[157] Através do terminal de integração, que foi construído para a baldeação de linhas, é possível pegar dois ônibus das linhas municipais pagando apenas uma passagem,[158] sendo que em 2016 havia 19 linhas urbanas[159] que eram utilizadas de forma regular por 10% da população.[160] A Acaiaca liga o Centro da cidade aos bairros da região do Caladinho e a Autotrans liga os bairros do distrito Senador Melo Viana à região central, além de manter a linha Centro–Cocais para a zona rural.[161] Ainda há a Univale, que atende ao bairro Amaro Lanari e fornece linhas interurbanas para todo o Vale do Aço e parte do colar metropolitano. Com a Univale, os moradores do Centro da cidade têm o acesso às vizinhas Ipatinga e Timóteo facilitado, com linhas regulares com intervalos de cerca de 20 minutos entre uma e outra. O acesso ao Centro-Norte de Timóteo (região mais desenvolvida da cidade vizinha) pela linha Fabriciano–Acesita é mais barato do que qualquer ônibus interno das duas cidades.[162] Em 2016, também estavam registrados no município nove pontos de táxi atendidos por 24 taxistas e oito auxiliares e o transporte escolar era beneficiado por 85 permissões.[160]
A frota municipal no ano de 2015 era de 45 785 veículos, sendo 26 491 automóveis, 1 254 caminhões, 179 caminhões-trator, 2 765 caminhonetes, 1 002 caminhonetas, 224 micro-ônibus, 11 450 motocicletas, 518 motonetas, 612 ônibus, 153 utilitários, oito tratores e 1 129 classificados como outros tipos de veículos.[163] As ruas estreitas do Centro não comportaram o súbito crescimento do número de veículos em Coronel Fabriciano, gerando congestionamentos nos horários de pico,[164] cabendo ressaltar que em 2015 havia um índice de 2,77 habitantes por veículo.[160] Próximo aos comércios, a disponibilidade de vagas para estacionar por vezes é escassa, o que levou à adoção do sistema de estacionamento rotativo nas ruas do Centro.[165] As avenidas Tancredo Neves e Magalhães Pinto são as principais vias duplicadas,[154] no entanto concentram boa parte dos atropelamentos do município. Em 2014, registraram juntas 47% do total das colisões contra pedestres em Coronel Fabriciano.[164]
A malha cicloviária de Coronel Fabriciano é escassa, constituída apenas pelo trecho da Avenida Tancredo Neves entre o Trevo Pastor Pimentel e a divisa com Ipatinga, e pela Rua Antônio Mascarenhas, entre os bairros Santa Terezinha II e Amaro Lanari, até a divisa com Ipatinga. Apesar de boa parte da população possuir bicicletas, o excesso de morros e a falta de bicicletários são obstáculos para seu uso.[154] Além disso, as principais vias do município são estreitas, não suportando a passagem de carros, caminhões, ônibus, motocicletas e bicicletas ao mesmo tempo, e muitas ruas paralelas são asfaltadas com paralelepípedos, dificultando o trajeto. Quase diariamente são registrados acidentes envolvendo ciclistas nas principais avenidas da cidade, especialmente na Avenida Magalhães Pinto, que liga a região mais populosa até o Centro e posteriormente às siderúrgicas do Vale do Aço.[166] A infraestrutura das calçadas do município também é deficiente na maior parte da cidade, sendo notados problemas com irregularidades, obstáculos, falta de continuidade no piso e inacessibilidade.[154]
Coronel Fabriciano não conta com grandes aeroportos comerciais em seu território, entretanto o Aeroporto de Ipatinga (IATA: IPN, ICAO: SBIP) encontra-se no município de Santana do Paraíso, a 18 km do centro da cidade, na mesma Região Metropolitana do Vale do Aço, atendendo à região com voos diários para Belo Horizonte e outros destinos.[107][167] Também não há na cidade ou em qualquer município do Vale do Aço transporte hidroviário satisfatório, limitando-se aos canoeiros informais do rio Piracicaba. Esses canoeiros fazem o transporte de mercadoria e pessoas principalmente entre o município e a cidade de Timóteo, localizada no outro lado da margem do rio, desde a chegada dos primeiros colonizadores até a região entre os séculos XIX e XX.[9]
A Estação do Calado beneficiava Coronel Fabriciano com transporte ferroviário, mas com o crescente desenvolvimento da região central da cidade foi necessário o deslocamento da Estrada de Ferro Vitória a Minas da área e o terminal foi fechado no dia 29 de janeiro de 1979. Logo depois, nesse local foi construída a estação rodoviária.[168] A EFVM ainda cruza o município (fora do centro), mas a estação ferroviária se encontra dentro do município de Timóteo e é denominada Estação Mário Carvalho. Apesar do deslocamento, a estação ainda é mais próxima do Centro da cidade do que de qualquer bairro residencial timotense, por se encontrar logo à margem do rio Piracicaba, que divide o centro fabricianense do distrito industrial vizinho. Dentre as alternativas de transporte coletivo regulares, a EFVM ainda é a via de viagem mais barata possível para Belo Horizonte, Vitória e outras cidades com estações.[169]
Coronel Fabriciano conta com legislações municipais de proteção ao patrimônio cultural ministradas por um órgão público, existindo tombamentos de bens materiais e imateriais.[170] A prefeitura também contém um inventário com a catalogação de diversos bens da cidade.[171] As atividades culturais são promovidas tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada ou mesmo pela sociedade, escolas e igrejas. Em 2012, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura aprovou 14 projetos de Coronel Fabriciano,[172] cidade que integra, segundo a visão de membros da comissão que administra a aplicação da Lei, o segundo maior pólo cultural do estado, levando em consideração os demais municípios do Vale do Aço.[173]
Coronel Fabriciano faz parte do Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas Gerais, que foi criado em julho de 2001 e reestruturado em dezembro de 2009 pela Secretaria de Estado de Turismo com o objetivo de estimular o turismo ecológico e cultural na região do Vale do Aço e colar metropolitano.[174]
A Serra dos Cocais concentra diversos atrativos ecoturísticos, dentre as diversas trilhas, montanhas e cachoeiras, como a Pedra Dois Irmãos, cujo acesso é feito por trilha íngreme e de mata fechada, sendo possível visualizar as três cidades do Vale do Aço de seu topo; a Pedra dos Cem Homens, que também é constantemente utilizada para escaladas; a Pedra do Caladão, localizada próxima ao bairro de mesmo nome, possível de ser avistada de vários pontos da cidade; a Cachoeira do Escorregador, cujas pedras da queda formam uma espécie de tobogã natural; o Cachoeirão, que possui cerca de 120 metros e é constantemente utilizado para a prática de trekking, sendo cercado por um cinturão verde remanescente da Mata Atlântica; e a Biquinha de Santa Vitória, que é uma fonte natural de água potável localizada nas proximidades do povoado Santa Vitória dos Cocais. Ainda há as cachoeiras da Limeira e da Manoela, o Escorregador do Zé Martins e as Trilhas da Mamucha.[156][175]
No povoado de São José dos Cocais, a Igreja São José foi erguida por iniciativa dos moradores da comunidade na década de 1950 é uma das edificações mais antigas do município que ainda mantém suas características arquitetônicas originais, assim como a Igreja Nossa Senhora da Vitória, em Santa Vitória dos Cocais, construída na mesma ocasião.[171] A Serra dos Cocais dispõe ainda de mirantes, de onde é possível ter visões panorâmicas da serra, de Fabriciano e ainda de parte das cidades vizinhas.[175] Fora dos Cocais, próxima ao perímetro urbano da cidade, nas proximidades do Distrito Industrial, a APA da Biquinha é outro dos principais atrativos naturais do município. Além de reserva ecológica, também é utilizada para caminhadas e passeios.[79] A Cachoeira Salto das Pedras, que está localizada próxima à APA do Recanto Verde, conta com área de churrasco.[156]
A zona urbana de Coronel Fabriciano abriga monumentos e atrativos com valor histórico e cultural, a exemplo do Santuário Nossa Senhora da Piedade, do Sobrado dos Pereira, da Escola Estadual Professor Pedro Calmon, do Salão Paroquial e da Capela Nossa Senhora Auxiliadora, no Hospital Doutor José Maria Morais.[79][171] A fachada da Igreja Bom Pastor, no bairro Giovannini, apresenta um grande mosaico feito em cerâmica que retrata a figura de Jesus com um rebanho de ovelhas.[78] Em outubro de 2014, foi inaugurado o Museu José Avelino Barbosa, que é o primeiro museu público do município, composto inicialmente por cerca de 200 itens dentre documentos, fotografias, quadros e peças e cujo nome reverencia o empresário e comerciante que foi um dos pioneiros da cidade.[176]
No Unileste, a casa de hóspedes e sede da reitoria da instituição, a "Fazendinha", foi construída inspirada nas antigas sedes de fazendas. Tem estilo rústico, destacando-se pelo uso de madeiras nobres e raras. O interior da instituição abriga ainda o Museu Padre Joseph Cornélius Marie de Man, construído em formato de círculo e cujo acervo é constituído de documentos, fotografias e objetos que contam a história da cidade e da entidade; o Teatro João Paulo II, no andar térreo do Colégio Padre de Man, que tem capacidade para 520 espectadores e é um dos maiores do Vale do Aço;[171] e a Biblioteca Dom Serafim Cardeal Fernandes Araújo (Biblioteca Central), que possui um dos maiores acervos bibliográficos da região.[177] Na cidade, destacam-se também:[78][171]
A cidade possui um folclore rico e diversificado. Uma de suas principais manifestações culturais é a Marujada dos Cocais, um tradicional grupo de marujada que canta marchas em homenagem à Nossa Senhora do Rosário em ocasiões festivas da cidade e da comunidade Santa Vitória dos Cocais, onde está a sede do grupo.[179][180] Durante o ano, destacam-se as manifestações religiosas católicas da Festa de São Sebastião, juntamente ao aniversário de Fabriciano, em janeiro; a Semana Santa, quando são realizadas procissões e a encenação da Paixão de Cristo da Paróquia São Sebastião, com rituais, vestes e indumentárias da década de 1940;[179] o Corpus Christi, com tapetes de serragem colorida confeccionados nas ruas dos bairros Santa Helena e Professores, pela Paróquia São Sebastião, bem como no distrito Senador Melo Viana pela Paróquia Santo Antônio;[181] a Festa do Rosário, realizada na comunidade São José dos Cocais, com apresentações da Marujada; e a Festa das Marias e dos Josés, também em São José dos Cocais.[179] Ainda cabem ser ressaltadas as festas juninas, muitas vezes realizadas pelas escolas nos bairros.[182] O artesanato das comunidades rurais também está entre as formas mais espontâneas da expressão cultural local. Normalmente é feito com materiais naturais encontrados na região e extraídos de plantas, como a palha de palmeira-indaiá, cabaça e sementes, além da presença de bordados e pintura em tecido, e vendido em feiras artesanais tradicionais na própria cidade.[179]
Em relação à culinária, são pratos típicos o arroz carreteiro, feijão inteiro, mamões verdes refogados com carne moída, couve rasgada refogada com angu e taioba, além de farofa mineira. Outros destaques são: bananas verdes fritas, canjiquinha com costela de porco, frango caipira com broto de samambaia e ora-pro-nobis com angu e torresmo. Também são comuns doces como o de mamão e o canjicão.[179] Cabe ser ressaltada a realização do Concurso Gastronômico Rota dos Sabores, que é organizado desde 2005 e visa a valorizar a culinária local, levando a população a eleger os melhores bares e restaurantes de Fabriciano.[183] O encerramento é marcado por espetáculos musicais e uma praça de alimentação com pratos da culinária local.[184] Historicamente, o Centro de Fabriciano concentrou entre as décadas de 60 e 80 dezenas de bares e restaurantes que agitaram a vida noturna fabricianense e atendiam aos trabalhadores das siderúrgicas locais, atraindo por vezes frequentadores até mesmo da capital mineira.[185] Após a década de 1990, o fluxo observou uma considerável redução, migrando do Centro para a Avenida Magalhães Pinto.[186]
Quanto às artes, o maior agente organizador é a Prefeitura, que ocasionalmente fomenta atividades artísticas voltadas para a comunidade, com palestras, projeção de filmes, espetáculos musicais e teatrais e atividades de incentivo à leitura.[187] A administração municipal também organiza ações integradas com o governo estadual e outras prefeituras e associações para fomento à cultura e às artes locais,[188] e o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste),[189] através de seus cursos superiores, promove seminários e outros eventos relacionados à arte.[190] Outra instituição importante é o Centro Cultural Usiminas, que mesmo tendo sede em Ipatinga, tem uma abrangência regional e leva para Coronel Fabriciano uma programação diversificada. A cidade também conta com um Centro de Dança, cultivando os gêneros eruditos do balé clássico e contemporâneo, e ritmos populares como jazz, dança do ventre e Hip hop. A coordenadora Bia Antunes considera que a realização de espetáculos deste nível evidencia o amadurecimento de Coronel Fabriciano no cenário artístico regional.[191][192][193]
Nas montanhas da Serra dos Cocais, destaca-se a prática de esportes radicais, como escaladas, mountain bike, rapel, trekking e saltos de paraquedas, sendo também bastante comum a prática de automobilismo off Road, com veículos 4x4.[194] O Jipe Clube local, Jipe Clube Vale do Aço, sediado no bairro Bom Jesus,[195] frequentemente organiza passeios de jipe e competições nas trilhas da Serra dos Cocais.[196] Ocasionalmente, Fabriciano é anfitriã de etapas do Campeonato Mineiro de Rally de Regularidade.[194][197][198]
O futebol municipal também tem se destacado nos últimos anos.[199] O clube mais bem sucedido é o Social Futebol Clube, fundado em 1º de outubro de 1944, tendo como mascote desde 1981 o Saci. Embora o Social tenha se destacado por muitos anos no futebol amador local a equipe raramente disputa-os na atualidade, em qualquer categoria, devido a sua prioridade para o futebol profissional. Com isso, as equipes que mais se destacam atualmente no Campeonato Fabricianense são o Avante Esporte Clube, o Mangueiras e o Rosalpes,[200] sendo boa parte delas equipada com bons estádios.[201] Fundado em 1950, o principal estádio da cidade é o Estádio Louis Ensch, com capacidade para cerca de 6 mil pessoas, que pertence ao Social e é usado com frequência por outros times, em partidas importantes dos campeonato amadores locais.[201] Existem vários outros estádios na cidade, uns com estrutura razoável e outros com deficiências, como falta de arquibancadas. Destaque para o campo do Avante, o Estádio Josemar Soares, que possui cabine de rádios, vestiários e uma modesta arquibancada, além de boa arborização. Outros campos muito utilizados são o do Mangueiras, no bairro homônimo, e o do Clube Atlético Florestal (CAF), no Industrial.[202]
Ocasionalmente Fabriciano é palco de competições de outras modalidades esportivas, como o Troféu de Taekwondo;[203] a Copa de Futsal;[204] o Festival de Esportes da Corpo Ativo, que envolve ginástica artística, balé, futsal e judô;[205] e a Corrida Criançada, realizada pela Associação de Corredores de Rua de Fabriciano (Acorf) pela primeira vez em 2001, onde crianças disputam uma corrida de rua com percursos menores, em comemoração ao dia das crianças.[206] Os Jogos Escolares de Fabriciano (JEF), por sua vez, reúnem cerca de mil alunos de escolas públicas e particulares, que em alguns anos se enfrentam em partidas de diversos esportes, como basquete, handebol, vôlei e xadrez.[207]
Também há vários locais (quadras ou ginásios) próprios para a prática de diversos esportes, como o Ginásio Leôncio Arantes (o Centro Social Urbano), no bairro Floresta, que ainda serve para organização de festas;[156][208] o Centro Esportivo Aldir Castro Chaves, no bairro Universitário, que é particular e é administrado pelo Unileste;[209] o Clube Casa de Campo (CCC), no bairro Santa Helena, que é um dos clubes mais antigos da cidade, fundado em 1966, e possui quadras de tênis, peteca e futsal, além de piscinas e campos de futebol;[210] além das quadras esportivas que estão situadas em escolas públicas e particulares de vários bairros fabricianenses.[207] No Melo Viana, o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEUs) possui cerca de 5 mil m² e conta com pista de caminhada, quadra poliesportiva coberta, pista de skate e equipamentos de ginástica, além de cineteatro, biblioteca e playground.[211]
Em Coronel Fabriciano há quatro feriados municipais e oito feriados nacionais, além dos pontos facultativos.[212] Segundo a prefeitura, os feriados municipais são: o dia da emancipação de Coronel Fabriciano e de São Sebastião (padroeiro do município), em 20 de janeiro; o Corpus Christi, que em 2019 é comemorado no dia 20 de junho; a Assunção de Nossa Senhora, em 15 de agosto; e o dia de finados, em 2 de novembro.[212] De acordo com a lei nº 9.093 de 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais de âmbito religioso, já incluída a Sexta-feira Santa.[213][214]
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